domingo, 3 de abril de 2011

A REALIDADE E OS 5 SENTIDOS

Nós percebemos o mundo à nossa volta através de 5 sentidos: a visão, o olfacto, a audição, a sensação e o paladar. Estes são as nossas janelas para o universo tridimensional que nos envolve.

O sentido que damos mais importância é o da visão pois é aquele nos fornece maior quantidade de informação. De facto é exactamente isso o que os nossos sentidos fazem, funcionando como sintonizadores especializados para um determinado intervalo de frequências. Captam essas frequências e transformam-nas em sinais eléctricos que são posteriormente descodificados e interpretados pelo cérebro.
Espectro Electromagnético
No fundo podemos perfeitamente fazer a analogia com um televisor que é capaz de sintonizar uma determinada estação (frequência) e de seguida, através de um circuito electrónico especializado, capaz de interpretar os sinais eléctricos recebidos e transformá-los em imagem e som.


Se observarmos o espectro electromagnético (ver figura) podemos perceber que a visão (nosso sentido mais importante) só é capaz de perceber (captar) uma ínfima parcela de uma pequena parte da totalidade do espectro electromagnético chamada de luz visível. 
O mesmo se passa em relação a todos os outros sentidos. Na verdade, todos os nossos sentidos em conjunto só conseguem captar uma ínfima parte do espectro electromagnético o que na prática significa que vivemos completamente alheados da verdadeira realidade do mundo que nos cerca.

Mas podemos ir mais longe, apoiando-nos por exemplo no sentido da visão mas o resultado seria o mesmo para qualquer outro sentido.
O acto de ver consiste na captura de luz (fotões) pelo globo ocular e que são projectados na retina situada na sua parte posterior. 
A partir daqui a luz é transmutada em sinais eléctricos que são enviados pelos neurónios até à parte de trás do cérebro onde está situado o centro da visão.


A tal imagem luminosa de que nos apercebemos, na realidade não pode existir no interior do nosso cérebro pois este encontra-se encerrado dentro de uma caixa hermética onde a luz não penetra. Assim, quando dizemos “Nós vemos”, na realidade estamos apenas a absorver sinais eléctricos no nosso cérebro.

A luz não passa para além da retina, nunca chegando ao cérebro que apenas conhece a escuridão total e absoluta.
Como o mesmo se passa em relação a todos os outros sentidos, o cérebro nunca tem um contacto directo com o mundo exterior mas apenas cópias por ele interpretadas. 
Assim, toda a nossa noção da matéria e do mundo são apenas sinais eléctricos no nosso cérebro.


Se hipoteticamente ligarmos um cérebro a um computador que transmitisse os sinais eléctricos convenientes, esse cérebro teria a vivência de uma realidade que apenas existia na programação desse computador.
Esta possibilidade torna-se real quando sonhamos. Durante um sonho temos a experiência plena de uma vivência real e só percebemos o engano quando acordamos.

Mas aonde quero chegar com tudo isto?

Lembram-se do filme “Matrix”?
Aconselho a vê-lo com atenção. Ele descreve essa possibilidade como uma realidade e julgo não estar longe da verdade.

Mas o que importa é termos a noção que a realidade pode ser manipulada e que podemos estar a viver num sonho que não é nosso mas induzido. Já assistiram à actuação de um hipnotizador? Como ele consegue induzir uma realidade diferente fazendo com que o hipnotizado veja ou reaja de determinada maneira, divertindo toda a plateia?


Assim como existe a possibilidade de podermos comandar de forma consciente os nossos sonhos, tornando-os em momentos inesquecíveis, também o podemos fazer com o que julgamos ser a nossa realidade.

Como no filme “Matrix”, chegou a altura de escolhermos entre a pílula azul ou a vermelha. Tem tudo haver com a consciência, tem tudo haver com 2012.
Não pretendo assustar ninguém, pelo contrário, há toda uma nova oportunidade e esperança para a humanidade.
Voltarei a este tema numa próxima ocasião.

Boa vida!


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